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EQFCOS
TURMA 1/02

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EQFCOS
significa Estágio de Qualificação para Futuros Comandantes de Submarinos.

Um dos pré-requisitos para o Comando de um submarino na Marinha do Brasil é ser aprovado neste estágio.

O estágio é realizado no Centro de Instrução e Adestramento Almirante Átilla Monteiro Aché (CIAMA), localizado na Ilha de Mocanguê Grande, Niterói, Estado do Rio de Janeiro.

O estágio é divido em duas fases: Fase de Segurança e Fase Tática. No final de cada fase é conduzido um período de mar a bordo de um submarino da classe "Tupi".

     wpe4.jpg (4318 bytes)      Submarino Tamoio (classe "Tupi")

Na FASE DE SEGURANÇA os oficiais-alunos aprendem a conduzir um ataque visual (na cota periscópica), mantendo sempre a segurança do submarino e de sua tripulação. Vários dias são alocados para adestramento no treinador de ataque* (link) É necessário ser adestrado e testado, sob pressão, em cálculos mentais, em manobrar o submarino para a posição de ataque e obter acurados ângulos de proa dos alvos.

Ao cálculos mentais são usados para obtenção de intervalos de observação, distância à rota, rumo do alvo, tempo de ataque e velocidade para o ataque, ângulo de impacto do torpedo e ótimo rumo para ataque.

Na FASE TÁTICA são abordadas as técnicas de guerra anti-submarino, operações de vigilância/patrulha, interação submarino - aeronave, interação submarino - Força-Tarefa - aeronaves e evasão. Além desses tópicos também são estudadas as operações secundárias/especiais: minagem, perifoto, coleta de informações e lançamento de agentes.

Considerado um dos cursos mais difíceis da Marinha do Brasil, o estágio requer um grande preparo dos oficiais-alunos. Ao iniciar o estágio, as seguintes matérias devem estar muito bem estudadas: cálculos de intervalos de observação, fraseologia da rotina do TRI e esnorquel, operação do sonar e do MAGE, operação e condução das baterias, rotinas domésticas e conhecimentos básicos do Sistema de Direção de Tiro. Também deverão estar aptos a utilizar todos os auxílios à navegação.

O estágio é realizado por oficiais no posto de Capitão-de-Fragata ou Capitão-de-Corveta. Normalmente conta com a participação de um oficial argentino e um oficial chileno.

Tem a duração de 8 semanas e é classificado, quanto à salvaguarda de informações, como confidencial.

Mais detalhes podem ser obtidos no site do CIAMA: www.ciama.mar.mil.br

Glossário:

Ângulo de Proa - Sbm. Ângulo formado entre a derrota do alvo e a linha de visada, medido da proa do alvo para a linha de visada, de 0º a 180º, para o bordo em que se encontra o submarino.

    
wpe7.jpg (5619 bytes)      Alaga! Ângulo de Proa Bombordo 90!

Círculo de Segurança (go deep circle) – Sbm. Círculo que tem por centro o submarino, e que constitui o lugar geométrico dos pontos de distância mínima "submarino-contato de superfície" que permite ao submarino descer em emergência à cota de segurança correspondente ao referido contato, supondo-se este aproado ao submarino e desenvolvendo a máxima velocidade.

Intervalo de observação - Sbm. Intervalo de tempo máximo que deve decorrer entre duas observações sucessivas de um mesmo contato, de modo a assegurar que ele não adentre o círculo de segurança sem ser detectado, supondo-se que o contato desenvolva máxima velocidade e mantenha-se aproado ao observador.

(Definições do Dicionário Marítimo Brasileiro, Herick Marques Caminha)
 

Treinador de ataque - Procura reproduzir, com exatidão, o compartimento de comando dos submarinos classe "Tupi". Possui os mesmos equipamentos encontrados a bordo do submarino, possibilitando, desta forma, o adestramento da Equipe de Ataque. A geração dos cenários para o periscópio fica a cargo de uma estação gráfica, enquanto um outro simulador gera os sinais acústicos para o sistema sonar.